O lucro líquido dos maiores bancos do país somou R$ 23,161 bilhões no segundo trimestre de 2021. O resultado representa alta de 90% em um ano. No mesmo período de 2020, Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander lucraram R$ 12,164 bilhões. Na comparação do primeiro com o segundo trimestre deste ano, o ganho aumentou 24,5%, contabilizando R$ 18,609 bilhões.
Nada a opor, se o fechamento de agências bancárias não tivesse se tornado uma realidade, sob uma pseudo justificativa de avanço da digitalização do setor e incremento dos bancos digitais. Na realidade, o que observamos são filas intermináveis nas unidades bancárias, mesmo diante de uma pandemia.
Nada a criticar, se em um ano, ou seja, em pleno auge da pandemia, o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander não tivessem fechado 1.647 agências físicas, segundo dados divulgados nos balanços do segundo trimestre das próprias empresas.
Nada a contestar, se mais de 15 mil funcionários não tivessem sido demitidos, num momento tão difícil de crise econômica.
É lamentável que os lucros astronômicos sejam obtidos desta forma, sem absolutamente nenhuma preocupação com os clientes, com os funcionários, com o momento crucial que o país atravessa. Falta empatia. Sobra descaso.