As consequências geradas pela pandemia em todo o mundo são inúmeras. Todas, indiscutivelmente, negativas. Além das mortes, dos casos graves da doença e da economia fragilizada, há uma outra questão impactante: o desemprego.
No Brasil, em um ano, o número de desempregados aumentou 16,9%, com um acréscimo de 2,1 milhões de pessoas na busca por um trabalho. A taxa de desemprego subiu de 14,2%, em janeiro, para 14,4% no trimestre terminado em fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgada pelo IBGE.
As taxas evidenciam que o número de desempregados no País atingiu o número recorde de 14,4 milhões de pessoas e que o índice de desemprego de 14,4% é a segunda maior da série histórica da pesquisa. Cabe destacar que o IBGE considera como desempregado apenas o trabalhador que efetivamente procurou emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa, o que remete à conclusão de que os números podem ser ainda maiores.
Somente nos dois primeiros meses do ano, o país perdeu 150 mil trabalhadores ocupados. Embora a dispensa no primeiro bimestre seja esperada por conta das contratações temporárias de fim de ano, em 2021 esse processo foi agravado pela pandemia.
A população desalentada, ou seja, a que desistiu de procurar uma oportunidade de emprego também atingiu recorde, somando 6 milhões de pessoas, o que representa uma taxa de 5,6% da população na força de trabalho. Quando se soma o número de desempregados com o de desalentados, a taxa atinge 20% dos trabalhadores, ou seja, mais de 20 milhões de brasileiros.
A expectativa é de uma recuperação mais significativa do mercado de trabalho no segundo semestre, dependendo, entretanto, do avanço da vacinação e da redução das incertezas econômicas. Vamos lutar para derrubar obstáculos. Vai dar certo.